sexta-feira, 4 de abril de 2025

O GILGUL DE UMA ALMA JUDAICA

23, JUNHO, 2022

Entrei em uma realidade paralela, eu estou na primeira casa onde morei, sou mais jovem, estou bastante preocupada vasculhando as linhas do tempo, há comigo uma mulher que está desmemoriada, sei que eu estou dormindo e eu sinto várias vezes como se fosse despertar, mas eu mantenho as brumas oníricas forçadamente, minha mãe está ciente disso, ela me diz que eu espere o meu pai chegar do trabalho porque se ele estivesse manco da perna isso confirma que estou na linha do tempo certa. Vejo o meu pai chegar e ele de facto está mancando de uma das pernas. Então eu saio a procura da sinagoga do Rabino MishaEl eu que havia visitado em um sonho de outro dia. Ela continua com as paredes de barro, mas já não vejo o letreiro que havia lá. Contudo há uma casa de judeus mais a frente, há uma grande TV na porta e passa um filme em alta qualidade, há muitos tapetes com travesseiros no chão onde está deitado um jovem rabino de kipá, olhos verdes e cabelo loiro, narigudo, muito bonito e alto, eu lhe pergunto o nome, ele me diz, mas por ser estrangeiro eu não entendo e me diz também que aquele lugar é apenas para os membros de uma mesma família. Ele me dá uma Torah de capa preta daquelas que pertencem à casa dele, Eu abro ela e em praticamente todas as páginas há anotações escritos à mão em hebraico e cálculos de alguns dos versos, escritos em tinta de caneta, ela é já bem usada. Eu seguro a Torah contra o peito, pois eu estava desejando muito ter uma.
Depois ele me dá um palpezinho cujas informações são perfumes. Está escrito bem grande "Nínive", ele me diz que eu dê aquele perfume para aquela mulher desmemoriada pois "o perfume para ela é Nínive" e se volta para mim e me dá um papel igual e não tenho certeza, mas o nome do perfume lá me parece é Olamot, pois essa é a lembrança e começa a conversar com outra pessoa sobre o significado do meu nome, mas na verdade isso é a interpretação de um sonho antigo que tive.
Eu volto pra casa com os nomes de perfumes e a Torah no peito, o rabino vem em direção ao lado lá de casa e eu vou até ele de novo perguntar sobre o rabino MishaEl, ele tinha uma sinagoga ali, mas agora eu não sei onde está (estou me lembrando da sinagoga do sonho anterior), o rabino loiro não para de andar pra falar comigo, ele entra na casa da Mada (410) e ao fazer isso na verdade é uma cortina bem grande que se abre.
E só então que eu vejo que é a sinagoga do sonho anterior, o rabino loiro diz para mim que estava indo justamente visitar o rabi (MishaEl), eu acompanho, e nos recebe um outro rabino de outra vertente do judaísmo, a roupa de rabino dele é diferente, é cor de canela brilhante (e já tive vários sonhos com esse homem nesses mesmos trajes e cores e num deles estava me casando com ele), igual a roupa de indiano, a kipá dele é diferente e ele é bem moreno com pouco mais da metade de anos.
O Rav MishaEl estava numa espécie de rede ou coisa parecida todo desnudo muito velho já, e ele era tão velho que passava dos cem anos e eu quase podia sentir o peso dos anos dele de tantos que tinha.
O rosto muito idoso, corpo idoso, o cabelo estava bem cortadinho, não como se fossem fios brancos velhos, mas as penugens da cabeça de uma criança jovem, mas havia uma região lateral da cabeça sem fios de cabelo.
São muitos anos no futuro daquela realidade, eu me curvo a lhe falar porque ele talvez não me escute bem, há uma mulher ao lado dele bem nova e ela cuida das feridas de seu corpo, há feridas por todo lugar, elas não são visíveis, contudo elas estão lá de jeito como se tornassem seu corpo deformado. Neste tempo ele alcançou outro nível de conhecimento e começa a me esclarecer algumas coisas e antes que o sonho acabe, eu pergunto se ele não quer que eu leve alguma informação ao "eu" dele do passado,  e com alguma dificuldade ele responde pra eu lhe dizer no passado que ele não faça muito esforço para permanecer ali, ele estava se referindo à sua condição num sonho de dias antes que eu tive em que eu vejo o Rav ajudando muita gente como se ele fosse um tipo de médico-sem-fronteiras, contudo há uns migrantes que pegam carona clandestina no carro dele (adendo, neste sonho o Rav estava com um problema no joelho). E abaixo a cabeça e fico memorizando essa informação, e quando faço isso eu saio do sonho e pareço ir para um escuro até que eu de facto acorde.

** As doenças no corpo do Rav são referências aos tikinum de Adão, pois há muitos gilgulim dele do lado de Abel e do lado de Caim que vieram como pessoas no mundo que possuiam as almas maculadas (doenças) para corrigir as manchas. As cenas do sonho me lembravam a mesma condição do personagem Leto Artreides, pois ele alcançou muitos níveis.



sexta-feira, 21 de março de 2025

Segredos do Ancião de Dias - adquirindo os atributos de Keter



Conforme os ensinamentos de nossos sábios, existem duas Toratot. A primeira é aquela citada nas Otiot de Rav Hamnuna Saba no prólogo do Zohar que diz que o Kadosh Baruch Hu antes de criar o mundo, brincou por dois mil anos com o Alef-Tav, essa Torah é chamada Tohar HaQeduma - a Torah Primordial, e ela é o Sod e está presente no Olam HaAtzilut e foi escondida junto com a luz original, e somente os Qabalistas participam desse nível, conforme mostrado pelo Rav Chaim Vital em um sonho seu no qual ele se encontra com o Atik Yomin e que elaboraremos aqui. A segunda Torah que é que a recebemos através de nosso mestre Moisés, veio do Olam HaBriá, e foi iniciada com a letra Beit, a segunda do Alef-Tav, para abordar sobre esse segredo, o nosso mestre, o Rav MishaEl, nos mostrou este mistério a partir do ET no primeiro verso da Torah Bereshit:

בְּרֵאשִׁית, בָּרָא אֱלֹהִים, אֵת הַשָּׁמַיִם, וְאֵת הָאָרֶץ

Está escrito, "No princípio, Elohim criou a primeira Torah (Alef-Torah) dos céus (que é Atzilut, a Alma da Torah, o lado interno) e a Torah da Terra (a Torah oral e escrita que vem de Olam HaBriá, o corpo da Torah, a parte externa)" que corresponde ao nível de Pshat que inclui o Derush e Remez. Eis o sonho de Rav Vital:

“1566 (5326 no calendário hebraico), oito de Tevet, o sexto dia, recitei o Kidush e sentei-me à mesa para comer. Eu estava derramando lágrimas copiosas e estava deprimido e melancólico (...) minha angústia era tão grande que não comi nada. Deitei-me na minha cama de bruços até cochilar com as muitas lágrimas e tive um sonho maravilhoso. Eu me vi sentado na casa de Rabi Shem Tov haLevi, de abençoada memória, recitando as minhas orações, chamadas de tempo de graça do Shabat. Após as orações, um velho estava diante de mim que se parecia com o meu vizinho Rabi Chayim haLevi Ashkenazi, de abençoada memória.

Ele me chamou pelo meu nome e me disse ‘Rabi Chayim, você quer ir ao campo comigo acompanhar a Rainha do Shabat quando ela partir, como você está acostumado a fazer quando ela chega, e eu vou te mostrar coisas maravilhosas lá?’ Eu disse a ele ‘estou aqui’. Saímos para a parede da velha torre que fica no lado oeste de Safed, onde antes havia um portão antes na parede. Olhei e vi uma montanha muito alta, cujo topo estava no céu. ‘Suba comigo ao monte e lhe direi porque fui enviado a você’. Em um piscar de olhos eu vi subir ao topo da montanha, e permaneci no fundo, incapaz de subir porque era perpendicular, como uma parede e não inclinada como as outras montanhas.

Eu disse a ele ‘estou surpreso, eu sou jovem e não posso ascender de forma alguma e você é velho, mas você ascendeu num piscar de olhos.’ E ele disse ‘Chayim, você não sabe que todos os dias eu subo e desço esta montanha mil vezes para cumprir as missões de Hashem. Como você pode se surpreender comigo?’ Quando vi que ele havia me chamado anteriormente de Rabi Chayim e agora apenas Chayim, e quando ouvi suas palavras aterrorizantes soube que ele, certamente, era Elias, de abençoada memória, da tribo de Levi.

Eu desmoronei e comecei a chorar de muito medo. Então eu implorei a ele em lágrimas e disse-lhe ‘Ve’atah tiqar nafshi beinecha (porém agora seja preciosa aos teus olhos a minha vida – Segundo Reis 1:14) e me traga até você’. Ele me disse ‘não temas, por isso fui enviado a ti.’ Ele agarrou meus braços e me levou até o topo da montanha com ele, em um piscar de olhos.

Olhei e vi uma escada cuja parte inferior estava no topo da montanha e seu topo alcançava o céu. A escada tinha apenas três degraus e a distância entre cada degrau era aproximadamente a altura de um homem. Ele me disse ‘foi-me dada a permissão para acompanhá-lo apenas até aqui.’ Ele desapareceu e eu chorei de grande angústia.

Uma mulher distinta, bonita como o sol, aproximou-se do topo da escada e pensei em meu coração que era a minha mãe, ela disse ‘meu filho, Chayim, por que você está chorando? Ouvi suas lágrimas e vim ajudá-lo.’ Ela estendeu sua mão direita e me levantou até o topo da escada. Eu vi lá uma grande janela redonda e uma grande chama saindo dela, para frente e para trás, como um relâmpago e queimou tudo o que foi encontrado lá.

Eu sabia em minha alma que era a chama da espada giratória que está na entrada do Gan Éden (Bereshit 3:24). Chamei a mulher com grande tristeza e disse-lhe ‘minha mãe, minha mãe, ajuda-me para que a espada não me queime’, ela disse, ‘ninguém pode ajudá-lo com essa chama, você está por sua conta! Mas vou aconselhá-lo sobre o que fazer: coloque a mão na cabeça e você encontrará lá algodão branco como a neve. Pegue um pouco e coloque-o na janela em chamas e ela fechará, passe rapidamente.’

Na minha humilde opinião, o algodão que tinha sido mudado para branco era os cabelos pretos da minha cabeça – que são julgamento – através de certos méritos no segredo de ‘e o cabelo de sua cabeça como a pura lã’ (Daniel 7:9). Eu fiz isso e passei rapidamente. Em um momento, a chama novamente disparou como antes. Então a mulher desapareceu e Elias apareceu novamente como antes, agarrou minha mão direita e me disse ‘venha comigo para o lugar onde eu havia sido originalmente enviado para trazê-lo.’

Ele me trouxe para um pátio imensamente grande com grandes rios através dele para regar o jardim. Em ambas as margens dos rios havia inúmeras árvores frutíferas lindamente cheias e maduras. A maioria eram macieiras cheirando a mirra e babosa. As árvores eram muito altas e os galhos dobrados para baixo, quase tocando o chão. Suas extremidades pareciam uma sucá. Havia inúmeros pássaros no jardim, que pareciam gansos brancos, atravessando toda a extensão do jardim, recitando mishnás do tratado Shabat.

Era então, a noite do Shabat, no início do sonho. No decorrer de suas andanças, eles recitavam uma mishná ou um capítulo, levantavam o pescoço e comiam maçãs das árvores e depois bebiam dos rios. Essa era a sua atividade constante. Me foi dado a conhecer que essas eram as almas de tzadkim (justos), Mestres da Mishná. No entanto, eu não sabia por que eles tinham a forma de gansos e pássaros e não a forma de pessoas.

Ele me levou mais para o centro do jardim até que vi um sótão grande e alto, como se estivesse no topo de uma grande altura, mas não havia casa embaixo dele. Sua altura acima do jardim era aproximadamente a altura de um homem. Sua porta ficava no Oeste e havia uma escada de três degraus de pedra do chão até a porta do sótão.

Elias, de boa memória, desapareceu. Subi a escada sozinho e entrei pela porta do sótão. Eu vi Hashem, Bendito Seja Ele, sentado em uma cadeira no meio da parede sul. Ele parecia o Atik Yomin, com uma barba branca como a neve, em infinito esplendor. Tzadkim sentou-se diante Dele no chão, em belos tapetes e sofás, aprendendo Torah com Ele. Eu sabia em minha alma que eles eram os tzadkim chamados Bnei Alyah. Eles têm características humanas, veem continuamente a Shekinah e aprendem Torah diretamente Dele. Este não era o nível dos Mestres da Mishná.

Eles tinham a forma de pássaros e gansos, porque sobre eles se diz ‘Aquele que vê um ganso em seus sonhos deve esperar sabedoria.’ Eles ficam no pátio e no jardim, mas não vêm a Shekinah regularmente, como os habitantes do sótão e não aprendem Torah com Ele, o Santo Abençoado Seja.

Quando entrei e vi seu rosto, fiquei confuso e fui tomado de medo. Caí no chão de cara diante de seus pés e não consegui reunir forças. Ele estendeu a mão e agarrou minha mão direita e me disse ‘Chayim, meu filho, levante-se, por que você caiu de cara no chão? Não tenha medo.’ Eu disse a ele ‘Senhor, eu não pude reunir nenhuma força e minha beleza se transformou em corrupção por causa do meu grande medo e não tenho forças para ficar de pé.

Ele me disse ‘fortaleça-se e fortaleça-se, levante-se e sente-se à minha direita neste lugar vazio perto de mim.’ Eu disse a Ele ‘como posso sentar-me à sua direita neste lugar, pois foi preparado para o Rabino Yossef Karo?’ Ele me disse ‘Eu pensei assim no início, mas depois dei a ele outro lugar e isso foi preparado para você.’ Eu disse a Ele que este era o lugar do profeta Samuel, de abençoada memória. Ele me disse “é verdade, este é o lugar dele, mas quando o Templo foi destruído, ele assumiu a responsabilidade de não se sentar neste lugar até que o Templo seja reconstruído no futuro. Desde então, ele foi a Jerusalém, ao Templo destruído, e permanece lá constantemente para lamentá-lo até o momento em que será reconstruído. Portanto, o seu lugar permanece vazio, e eu lhe dei permissão para se sentar ali.’

Então me sentei à Sua direita, literalmente ao lado Dele, no sofá, como os outros tzadkim que estavam lá. Ele me disse ‘Você gosta deste lugar?’ Eu disse a Ele ‘Quem pode louvar a grandeza deste sótão? De fato, explique-me: Por que os Mestres da Mishná são diferentes desses habitantes do sótão, que deveria haver uma diferença tão grande entre eles como eu vi com os meus próprios olhos?’.

‘Você esqueceu o que os sábios disseram, que no futuro Hashem lhes dará asas e eles vagarão pelas águas? Eles disseram isso sobre esse grupo chamado Mestres da Mishná que tem a imagem de pássaros com asas e vagam sobre as águas que são os rios do Gan Eden, como você viu com seus próprios olhos.’ Então, eu disse a Ele ‘Senhor, eu me lembro do que está escrito na introdução do Tikkunei Zohar sobre o verso “Se, ao longo da estrada, você encontrar um ninho de pássaro, em qualquer árvore ou no chão, com filhotes ou ovos e a mãe sentada sobre os filhotes ou sobre os ovos, não leve a mãe junto com seus filhotes.” – Devarim 22:6.

Os filhotes são os Mestres da Mishná, os jovens são os cabalistas. Eles são a elite, eles têm a imagem de crianças.

Continuei e disse-lhe ‘Senhor, se a minha alma é digna aos teus olhos (Segundo Reis 1:13-14), deixa-me aqui e não me devolvas ao mundo mundano, porque Te é claro que a minha intenção é fazer a Tua vontade e temo que as minhas paixões me levem a pecar e perderei este lugar santo.’ Ele me disse ‘Você ainda é um jovem e ainda tem tempo para se ocupar com a minha Torah e mitzvot. Você precisa retornar para completar sua Alma e no final de seus dias, você retornará a este lugar. Se você tem medo de retornar ao mundo mundano, dê-me sua mão direita e jure que você não deixará de lado a Torah para nenhuma outra tarefa e eu também jurarei a você que, se você fizer isso, este lugar não será dado a ninguém sob nenhuma circunstância. Este será o seu lugar, à minha direita, para sempre.’

Estendi a mão e jurei cumprir tudo o que foi dito acima e Ele também jurou cumprir Suas palavras. Ele me disse ‘Vá em paz e não se esqueça de todas essas coisas.’ Então desci de lá sozinho e me encontrei no mundo mundano, no meio do sonho, e não vi nenhuma das coisas que tinha visto quando ascendi pela primeira vez."



Agora, para esclarecer um pouco este sonho de Rav Chayim Vital, saiba que sua consciência - sua Alma - estava subindo pela Árvore das Vidas até o local do Atik Yomin no Olam HaAtzilut - o sótão, conforme a alusão da Escada (vide Baal HaSulam). A respeito do versículo que o Rav Chaim usa para passar pela Espada Giratória, Isaías 1:18 “Ainda que os seus pecados sejam como escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como carmesim, se tornarão como a lã” em referência à Daniel 7:9 “Enquanto eu olhava, os tronos foram colocados no lugar, e o Atik Yomin tomou seu assento. A sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã (...).

No Tanya, Likutei Amarim capítulo 10:6 é explicado a respeito do Tzadik completo (também no Shaarei Qedusha, parte 1 Shaar 5) que são chamados Benei Aliyah e são aqueles que transformam o mal no bem e diz:


Mesmo seu serviço divino na área de “fazer o bem”, em seu cumprimento da Torah e suas mitsvot, é para o bem do Alto, o último dos mais altos graus. Seu serviço divino não é destinado meramente a se apegar a Hashem servindo-O através da Torah e mitsvot de modo a saciar a sede de sua alma que tem sede de Hashem, como está escrito: “Ho, exclama o profeta, todos os que têm sede devem ir para as águas da Torah”.

Em vez disso, seu serviço a Hashem é como o Tikkunei Zohar  explica o que nossos Sábios disseram: “Quem é um piedoso (chassid)? Aquele que é benevolente (mit'chassed) para com seu Criador (kono).” O Tikkunei Zohar comenta que kono (geralmente traduzido como “seu Criador”) deve ser interpretado aqui como “seu ninho” (derivado da raiz ken – “ninho”) e, portanto, o Chassid é aquele que é benevolente “com seu Ninho” – ou seja, sua Fonte, Hashem. Essa “benevolência” para com Hashem consiste em “unindo o Santo, bendito seja Ele, com Sua Shekinah (a Presença Divina) para que a luz desta união alcance e seja sentida até mesmo nos mundos mais baixos.

Como também é explicado em Raaya Mehemna sobre a Parashat Tetze: “À maneira de um filho que se esforça por seu pai e mãe, a quem ele ama mais do que a si mesmo, mais do que seu próprio Nefesh, Ruach e Neshamah. Pois refinando o bem encontrado na Qlipa Nogah, como os “homens de ascensão” fazem convertendo sua alma animal (que é derivada da Qlipa Nogah) em bom, eleva-se 'águas femininas', efetuando uniões nos reinos superiores, de modo a fazer com que as “águas masculinas” desçam a este mundo."


Como um exemplo, este foi o caso do Rav Akiva que ascendeu ao Pensamento Divino (alah b'machshava), pois concedeu sua vida para glorificar o Nome de Hashem e com o seu ato ele elevou as águas femininas (MAN), despertando de baixo para cima o fluxo da Misericórdia, pois naquele tempo a terra estava afligida pela consciência de Roma (longe da Torah). O Rav Akiva era uma parte da Nefesh do Rav Chayim Vital e de seu Ruach, conforme explicado em várias sessões do Shaar HaGilgulim, eles eram um só e um mesmo. O Olam HaAtzilut corresponde ao Pensamento, pois é um local tão elevado, que quase não podemos trazê-lo senão a nível de pensamentos. Este também foi o caso de Rav Shimon Bar Yohai e seu filho Eliezer, cujas almas, são iluminações do mais alto de Atzilut de onde a Alma da Torah que é o Zohar emana para corrigir os mundos abaixo, os cabalistas do Zohar são os Filhos da Ascensão (Bnei Aliyah) - A introdução do Zohar relata que quando Rabi Chiyah desejou ascender ao hechal (santuário celestial) de Rav Shimon Bar Yochai, ele ouviu uma voz surgir e dizer: "Aquele de vocês que antes de vir aqui converteu a escuridão do mundo em luz santidade e a amargura de sua alma animalesca e má inclinação em doçura de santidade, somente aqueles podem entrar no santuário celestial de Rabi Shimon Bar Yochai."

"A Torah foi dada em quarenta (dias) e a alma foi formada em quarenta dias; qualquer um que cuide de sua Torah tem sua alma cuidada." (Menachot 99). O Arizal explicou "assim como existem cinco livros da Torah, a alma consiste em cinco aspectos, NaRanChaI." Os três primeiros nível são emanados de Biná para baixo (Tipheret e Malchut) que são chamados Olam Hazeh, e os dois últimos pertencem à Olam Haba, que são emanados diretamente de Chochmah e Binah. Portanto, este último é o nível dos Bnei Aliyah cuja consciência é do Olam HaBa, pois possem as luzes Chaya e Yechida brilhando de suas Almas. Esta era a hiperconsciência de Adam e Chava.


EXPERIMENTANDO OLAM HABÁ - VISÕES DA SEFIROT


17, junho, 2024 àS 4:21 tive um sonho dos céus. Sonhei que meu pai raspou todo o meu cabelo me deixando careca. A seguir eu tive uma visão da Sefirot de cima para baixo. O Rav e eu erámos respectivamente Chochmah e Binah vestidos em trajes judaicos e preparados para o casamento. Estávamos acoplados as outras Sefirot por meio de uma coluna de escamas de bronze que serpenteavam dançando e pairando no ar. As outras Sefirot abaixo estavam na forma de casais e cada qual num traje de uma cultura/nação específica, identifiquei o casal de Chessed/Gevurah indiano (por causa de Abravaham e a Sabedoria Antiga). 

O Rav que era Chochmah instruía as outras Sefirot e se dirigiu às mulheres e disse que elas observassem meus passos e fizessem igual, então nos vi entrando misticamente através da casa de número 294 e saindo literalmente pela janela e ele dizia as mulheres sobre mim "a noiva é Binah", e quando viramos a esquina da casa, na parede da casa havia uma mesa com o banquete do nosso casamento. Andávamos por uma rua todos no mesmo passo movidos por uma música que comandava os nossos corpos como se fossemos notas musicais. Abaixo de mim depois das escamas estava uma dupla de bailarinas vestidas de cisnes brancos muito próximas como sendo uma coisa só e abaixo do Rav outra dupla dessas, e elas faziam o movimento de ir e vir de um lado a outro com os braços e eu fazia a mesma dança que elas. Mais abaixo na Sefirot havia um belo homem musculoso e alto e excitante e estava nu (Zeir Anpin) e ele não tinha uma parceira, contudo quando olhava para ele via uma parceira oculta do lado do seu ombro direito (que era o lado esquerdo da Sefirot), e então eu descia do meu lugar e acompanhava ele.



Depois acordei e vi que 294 é a gematria de ARGAMAN.


                                                                     ATRIBUTOS DE KETER


30, janeiro, 2022 às 23:37, sonhei e no sonho eu estava escutando muitas vozes falando em simultâneo, eram muitos Messias e eles estavam reunidos numa academia celestial e de lá eles comentavam entre si sobre diversas pessoas, em particular, o motivo de cada uma estar encarnada, suas correções e etc, e como era muita informação não pude me concentrar. Eles falavam coisas também do Rav MishaEl, mas me esqueci de tudo quando acordei.

Depois vejo o Rav e eu e somos um casal; ali no momento é um dia em especial em que os cabelos de todos os rabinos se tornam lisos, da cabeça e da barba, e isto acontece também ao Rav. Eu o vejo se apoiando numa bengala de madeira vermelha, ele está debaixo de uma parreira na parte da frente de uma casa que de fato conheço de número 144, ele está mais velho. Seu cabelo é muito branco como neve e tão branco que está brilhando como que embebido em puro azeite e não há só fio de nó ou qualquer irregularidade nos fios e vai até o pescoço, é extremamente liso sem quaisquer sinuosidade ou aspereza e sua barba é bem longa e os pelos de sua barba são deste mesmo modo tão brancos e lisos que são perfeitos e é como se brilhassem, e reparo que não há um só fio escuro em nenhum lugar.

Curiosamente, após acordar deste sonho, porque estava influencida pelo número 144, eu liguei a TV no canal Space, na grade das 23:20 e estava passando Parker e então alguns minutos depois veio a cena em que ele pede um táxi e diz o caminho "pela estrada 441" que é 144 ao contrário. Para fins de registro, ele está de branco e usa um chapéu que é o simbolo da Ohr Yechida. Há também o número 272 que é a gematria Mispar Neelam de Atiqá (עַתִּיקָא).



Conforme já explicado, os cabelos brancos e a barba branca referem-se à Keter. No Zohar Idra Raba, sobre a lã branca é dito "Aprendemos que no crânio da cabeça - ISTO É, EM KETER DE ARICH ANPIN - existem milhares de milhares de dezenas de milhares, sete mil e quinhentos grupos de cabelos. Eles são limpos e brancos como lã que é limpa e livre de nós, desembaraçados, para não parecerem emaranhados, mas tudo está em seu lugar e nem minuciosamente intrusivo, sem um fio de cabelo sobre o outro." E mais "Aprendemos que o caráter de uma pessoa é revelado por seus cabelos, seja ela dura ou compassiva, isto é, após os quarenta anos."

ARTIGO EM CONSTRUÇÃO... continua


O GILGUL DE UMA ALMA JUDAICA

23, JUNHO, 2022 Entrei em uma realidade paralela, eu estou na primeira casa onde morei, sou mais jovem, estou bastante preocupada vasculhand...