terça-feira, 29 de julho de 2025

OS GRAUS DOS MUNDOS Zohar Bo desde 36 -

 29 de julho, 2025

Encontrei um tesouro dentro da parede de barro e era um caderno com mapas de tesouro com desenhos e pontos de lugares onde há coisas a serem encontradas e segui com ele numa aventura e de repente eu estava nos primórdios da Terra e vi dinossauros para lá e para cá e depois estava nos primórdios da civilização humana e um grupo de homens nômades de estatura baixa moravam em tendas de pele rústicas no meio de um campo, e depois eu vi um rio a distância e nesse rio nadava um homem gigante que também era um grande animal da água e nadava de um lado a outro do rio atrás de uma presa para captura-la. E depois eu vi outro rio largo que corria abaixo de uma plataforma quadrada muito alta. Ali embaixo no local do rio e era o próprio rio, ficava uma multidão de homens a aparência do mesmo gigante que vi na água, mas as vezes eles aparentavam estatura natural e eles eram os egípcios, então me elevei até o topo da estrutura e lá em cima haviam mais egípcios agora com a aparência real de egípcios e haviam construções feitas de bambu que se prolongavam em tantas direções e agrupados entre esses bambus ficavam os egípcios; a água despencava ali entre a estrutura e por trás dela e havia outra estrutura por detrás dessa também de bambus amarelos e era o trono da Rainha do Egito e próximo desse altar algo como uma mesa e uma toalha sobre ela na aparência de um mapa com o nome de muitos deuses que os egípcios adoravam dentro de quadrados como se fossem divisões de bandeiras. A Rainha negra muito bonita entrou pelo lado esquerdo cantando, e ela cantava muito uma canção comovente e chorosa na sua própria linguagem egípcia e cantava isso para aqueles deuses todos que os influenciavam, os egípcios acompanhavam a sua cantoria e me aproximei e vi na parte direita abaixo na toalha uma transliteração da pronúncia do Nome Sagrado e por causa da canção e por causa de que vi o Nome (porque os esgipcios reconheciam o Qadosh Baruch Hu) comecei a chorar muito no sonho.

E este sonho me foi diferente.


EXPLICAÇÃO CABALÍSTICA:

SULAM on Zohar, Parashat Bo 36:


Bo 36
אמר ר' שמעון וכו':
Disse Rabi Shimon:
Agora é o momento de revelar segredos que se ligam tanto acima quanto abaixo.
O que está escrito? "Vá a Faraó" — não deveria estar escrito "Vá até Faraó"?
O que significa "Vá" (בוא)?
Ele responde:
É que Ele o fez entrar — a Moshê — em câmaras dentro de câmaras, até o grande crocodilo (Tanin) poderoso e supremo, do qual muitas graduações se encadeiam e descem.
E quem é ele?
É o segredo do grande Tanin.

Bo 37
ומשה דחיל מניה וכו':
E Moshê temia diante dele,
e não se aproximou, senão dos riachos (ieorim), que são os graus dele.
Mas do Tanin em si, ele tinha temor, e não se aproximou,
porque o viu enraizado em raízes superiores.

Bo 38
כיון דחמא וכו':
Quando o Santo, bendito seja, viu que Moshê temia,
e que outros mensageiros superiores não podiam se aproximar dele,
disse o Santo, bendito seja:
"Eis que Eu estou contra ti, Faraó, rei do Egito, o grande Tanin que jaz em meio a seus rios" (Yechezkel/Ezequiel 29:3).
Pois o Santo, bendito seja, precisava Ele mesmo guerrear contra ele, e não por meio de outro, como foi dito:
"Eu sou YHVH" — interpretado como: "Eu, e não um mensageiro."
E foi explicado o segredo da sabedoria do grande Tanin que jaz em meio a seus rios,
para aqueles que habitam sobre a medida (Midian),
que conhecem o segredo de seu domínio.

Bo 39

פתח ר"ש וכו':
Rabi Shimon abriu e disse:
“E Elohim criou os grandes Tanninim (crocodilos/monstros marinhos)” (Bereshit 1:21).
Este versículo foi já explicado.
Mas o que significa: “E Elohim criou os Tanninim” — é um segredo:
Este é o Leviatã e sua companheira.

“Taninim” está escrito sem o yud (תנינם em vez de תנינים),
porque Ele matou a fêmea,
e o Santo, bendito seja, elevou-a para os justos.
E isso já foi explicado.
Por isso, restou apenas um Tanin (monstro/crocodilo) grande.

E saiba: o Leviatã é um peixe puro, conforme disseram nossos sábios (Chulin 67b).

A parte interior (mística) da explicação é a seguinte:

O Leviatã e sua consorte têm uma raiz elevadíssima,
pois o mar representa a Malchut em seu aspecto de Chochmah,
e a mais importante de todas as criaturas do mar é o Leviatã.
Logo, ele representa o todo da Chochmah que há no mar.

Porém, ele não se estende da própria Chochmah,
mas sim da Biná que retorna à Chochmah,
no segredo da linha esquerda,
dentro da qual se encontra o que é chamado de “ponto do shôreq” (נקודת השורק – ponto vocal com som de "u").

E por isso está escrito sobre eles:
“E Elohim criou os grandes Taninim”,
pois Biná é chamada “Beriyá” (criação).

Mas o local dele não foi fixado no próprio mar,
isto é, na Malchut de Atzilut,
mas sim, um lugar foi preparado no mundo de Beriyá,
que está fora de Atzilut,
abaixo da Malchut de Atzilut,
e isso está no segredo dos dez riachos (ieorim) que Rabi Shimon apresenta aqui.

E não te surpreendas — se são de grau de santidade, por que foram mortos?
Pois a fêmea foi morta imediatamente,
e também o macho foi morto depois, conforme o versículo:
“E matará o Tanin que está no mar” (Yeshayahu 27:1).

E a resposta é:
“morte” aqui significa anulação do grau,
e retorno ao mundo de Atzilut.
E, de fato, no final da correção (Tiqún),
todos os três mundos BY"A (Beriyá, Yetzirá, Assiyá)
serão anulados e retornados ao Atzilut.

E também não se deve perguntar:
Se havia necessidade de matar a fêmea para que o mundo não fosse destruído — como será explicado adiante —,
então por que criá-la desde o princípio?

A resposta é:
Esta morte foi somente quanto à função dela junto ao Leviatã,
mas ela não foi completamente anulada,
pois as almas dos justos se alimentam dela.

E por isso foi dito:
“E o Santo, bendito seja, a elevou para os justos”.

Bo 40

התנים הגדול, תשע וכו':
O grande Tanin, que é o Leviatã macho, o qual permaneceu vivo —
sobre o qual está escrito: “que jaz em meio a seus rios”,
são nove rios (ieorim) nos quais ele jaz.
Esses nove correspondem às nove Sefirot:
Chochmáh, Bináh, Da’at, Chéssed, Guevuráh, Tiféret, Netzach, Hod, Yesod.

E há um rio a mais, cujas águas são calmas —
esse é o Kéter,
as bênçãos das águas do Jardim (Gan),
ou seja, a Malchut de Atzilut
caem nele três vezes ao ano,
correspondendo aos três Kavim (linhas):
Direita, Esquerda e Central.
Sobre eles está dito:
“Três vezes ao ano todo macho será visto diante de Mim…” (Shemot 23:17).

Se caem nele duas vezes ao ano, ou seja,
apenas as linhas da direita e da esquerda,
o rio é abençoado, porém não plenamente,
pois lhe falta a linha do meio.

E se só uma dessas quedas ocorre —
ou seja, apenas a direita ou apenas a esquerda —
não é o suficiente:
ele não é abençoado por meio disso.

E desse rio calmo, que é o Kéter,
os nove rios — que são as nove Sefirot inferiores
recebem seu influxo.

Bo 41

והאי תנינא עאל וכו':
E esse Tanin (monstro marinho) entra nesse rio,
que é o Kéter dos rios,
fortalece-se nele,
nada e avança até o mar,
que é a Malchut de Atzilut.

Ali, engole vários tipos de peixes,
e governa sobre eles
isto é, as graduações (níveis) que estão dentro do mar,
que são menores do que ele:
ele os engole e os completa em si.

Depois, retorna ao rio calmo,
e esses nove rios vão e sobem até ele —
ou seja, para receber seu influxo,
pois eles recebem o fluxo espiritual
desse rio calmo, que é o seu Kéter.

Ao redor desse rio,
muitas árvores e ervas de diferentes tipos,
cujo significado será explicado adiante (no parágrafo 68).
E este é o primeiro dos rios, ou seja, o Kéter entre os rios.

Bo 42

נפקא מסטרא שמאלא וכו':
Agora é explicado o processo de surgimento dos dez rios:

Eles saem pelo lado esquerdo,
por um único canal (tzinor) que flui e sai,
que é o Yesod de Ze’ir Anpin.

Dali saem três gotas,
vindas das três linhas: Direita, Esquerda e Central —
todas incluídas dentro da linha esquerda.

E cada gota se espalha e se divide em três gotas,
totalizando nove gotas.

E de cada uma dessas gotas,
forma-se um rio (ieor)
e estes são os nove rios
que se fortalecem, avançam, nadam
e circundam todos os Rakia’im (firmamentos),
isto é, todos os limites do Tzimtzum Bet (Segunda Restrição),
os quais são chamados de rakia’im (expansões celestes).


domingo, 20 de julho de 2025

A TORAH DE METATRON - sonhos

19, julho, 2025 - 23 beTamuz

Primeiro eu estava numa grande instalação e que me recordo ser a casa-sefirot e eu era uma das cientistas do local, e fomos tirados todos de lá por um grupo de bandidos e nos colocaram em uma fila e nos levavam e depois esses bandidos não existem mais, e era eu conduzindo um grupo de pessoas numa fila subindo uma grande montanha de pedra bem alta, e conforme subiamos alguma pessoas se desviavam do caminho e só ficou um grupo específico, e eu estava levando-os para ver o local onde alienígenas do passado haviam deixado uma sinal quando da sua chegada. E levei eles até o topo da montanha de pedra, e no próprio topo de pedra havia uma segunda pedra menor equilibrada, e um grupo de indígenas selvagens com arcos protegiam aquilo e tomava cuidado para que não nos atacassem, e então cortei uma fatia da pedra equilibrada e ela era macia e percebi que era um cogumelo gigante e cortei uma fatia do topo da montanha que era a outra pedra (sobre a qual a segunda estava equilibrada) e da mesma forma era um cogumelo e dentro das duas pedras haviam gravuras de paleo-hebraico, e então confessei aos presentes que naqueles instalações nós estudávamos sobre esses alienígenas. E acordei.

Este sonho se refere à outro:

18, março, 2024 - 8, Adar II

Eu ia trabalhar no escritório do meu pai, meu pai tinha outros irmãos, o meu pai era o Tzafenat Paneach, o homem que apareceu como sendo o meu pai era muito bom e todos sentiam simpatia por ele, era o Gabriel Gracindo. O escritório ficava no local que é a igreja (26) como uma casa na árvore ou sendo a própria árvore. Com janelas longas de vidro. Com ele trabalhava duas jovens irmãs a aparência de irlandesas, eu era a filha que acabava de chegar. Eu me lavei no banheiro e quando sai de lá o meu pai TP esteve aquele tempo todo no banheiro (simulação do sonho com o Jonas) tomando banho por horas e horas. Eu olhava para a rua lá embaixo do outro lado a casa das freiras (380), e o meu pai verdadeiro estava trabalhando lá de pedreiro junto com outros homens reconstruindo a casa das freiras, era quase noite aquela meia escuridão com tom romântico. Os trabalhadores todos concluim o trabalho e se reuniam para se lavar, eles eram homens musculosos esbeltos de corpos, estavam desnudos lá em baixo nos pés da árvore e aquilo era um chiqueiro, quando olhava os corpos dos homens eles se transformavam em porcos, só havia uma fêmea entre eles e apareceu na imagem esbelta da Tsunade, eles dormiam e as vezes se moviam, e ela dormia entre eles até que acordou e quando estava acordada funcionava como uma voz de comando. Quando o TP saiu lá fora para comandar, pois ele era um rei ali, meu pai verdadeiro sentia ciúmes dele pois eu o escolhi como mestre, e então todos os porcos-homens estavam revoltados com o rei por suas condições de trabalho, eles armaram uma rebelião. Eu e as meninas também saímos lá fora estávamos com os pés so Com os pés sobre a parte final do tronco da árvore mas aquilo era um imenso cogumelo vermelho e alaranjado que se estendia até o chiqueiro, e só pisavamos em certos locais do cogumelo, pois outras partes estavam conectadas as forças malignas lá embaixo e toca Las seria ser arrastado para as suas armadilhas. As meninas sabiam onde pisar devido o tempo de trabalho ali, mas eu não, então seguia elas, contudo em determinado ponto eu via uma longa capa de cor violeta estendida sobre o cogumelo como se fosse parte dele, não podia pisar nela, e sem querer eu pisei e aquilo estava vivo e se enrolou a fim de me embrulhar e puxar para baixo, mas eu dei um salto para o chão e sabia onde não pisar, havia raminhos da árvore crescidos e crescendo por todo o chão advindos das raízes e eu não podia pisar em nenhum deles pois seria puxada por eles, eu saltava sobre eles. Tudo isso era de um realismo fantástico. Assim que sai pulando e correndo, a capa feiticeira era feminina e ela esplanava aos gritos de alerta que eu havia acordado o corvo e esse corvo estava me esperando, eu corria pelas ruas, era aquela escuridão do começo da noite em que ainda dá para ver a claridade com uma aura romântica... Atrás de mim voava uma capa formada de uma sombra e aquilo era um corvo, ele estava me esperando para repousar sobre mim (me lembra os sonhos com a cobra que é um anjo-capa), ela voava atrás de mim, mas no final quando virei para olhar para o corvo, aquilo tomou a forma de um touro e na verdade ele estava correndo para permanecer de proteção comigo contra aqueles homens-porcos que se soltaram do chiqueiro quando eu saltei da árvore, então eu me escondi sobre o colo de uma pequena árvore em uma rua e o touro se deitou ali na frente de guarda.


INTERPRETAÇÃO CABALÍSTICA:

A palavra hebraica para cogumelo (פטרייה) equivale a 314 de Metatron e no Avgad Reverso a 200 que é o número de dias de 19 de julho.

Sulam Bereshit Alef:

Disse Rabi Yossi:
Aquela árvore que mencionamos — isto é, a Árvore do Conhecimento (Etz HaDa'at) —
era irrigada desde o Alto,
cresceu e alegrava-se.

Como está escrito: “E um rio saía do Éden para regar o jardim” (Bereshit 2:10)

O “jardim” é a fêmea (Nukvá),
o “rio” entrava nela e a regava.

tudo era um só —
conforme o versículo: “E um rio saía do Éden para regar o jardim”.

“jardim” é a Nukvá de Ze’ir Anpin (Z”A),
e o “rio” é a Biná,
que entra na Nukvá e a irriga,
isto é, lhe fornece os Mochin de Gadlut (intelectos de grandeza).

E assim tudo se unifica em um só,
pois com esses MochinZ”A e Nukvá tornam-se Um.

Mas daqui para baixo já há separação,
como está escrito: “E de lá se separa...” (Bereshit 2:10)

Pois daqui para baixo, ou seja, abaixo da Nukvá de Z”A,
já há separação,
não podem mais receber esses Mochin.

Como está dito: “E de lá se separa...” — porque abaixo do Jardim já há separação, e não é tudo Elokut (divindade).

Pois os níveis de Néfesh e Ruach dos mundos de Beriá, Yetzirá e Assiá,
que estão abaixo da Nukvá,
não são níveis de Elokut, como é sabido.

Sulam Bereshit 1, 256:
Outra explicação sobre o versículo “E um rio saía do Éden...”
É que, de fato, no Árvore da Vida Superior — ou seja, em Ze’ir Anpin de Atzilut — não existem Klipot estranhas.
E sobre isso foi dito: “o mal não residirá contigo” (Tehilim 5:5),
pois as Klipot começam apenas no Mundo de Beriá, que está abaixo de Atzilut.
Mas na Árvore inferior, com certeza há Klipot estranhas,
e ela está plantada no Gan Éden de Ze’ir Anpin Inferior,
ou seja, Ze’ir Anpin de Beriá,
e essa árvore é chamada Chanôch (Enoque) ou Metatron.

No Gan Éden Superior do Santo, bendito seja Ele — isto é, Gan Éden de Atzilut —
não há nudez (impureza), para que ali exista torção ou perversidade,
pois não há Klipá alguma ali, que pudesse criar distorção ou corrupção.
Rabi Shimon explicou que o “rio” (נהר) aqui não é Ze’ir Anpin,
mas sim Metatron, que está abaixo da Parsa de Atzilut,
e ali já é possível a existência de Klipot que causem separação entre ele e Atzilut.
E ele (Metatron) está posicionado no Gan Éden de Beriá,
para regá-lo.
Portanto, diz o versículo:
“E um rio” — isto é, Metatron —
“saía do Éden”, ou seja, do Gan Éden Superior,
que é a Malchut de Atzilut,
pois ele saiu e se separou dela,
e veio para Beriá a fim de regar o jardim,
isto é, o Gan Éden de Beriá,
a Malchut de Beriá, chamada também de Pardes —
e foi ali que entraram Ben Azzai, Ben Zoma, e Elisha.

(...)
Explicação: assim como o Ancião havia interpretado o versículo “E um rio saía do Éden” referindo-se a Adam HaRishon no estado de pequenez — que naquele momento saiu de Atzilut, chamado “Éden”, e desceu aos mundos de Beriá, Yetzirá e Assiá, os mundos da separação — e que posteriormente, no estado de grandeza, subiu ao Gan Éden de Atzilut e ali recebeu os três vínculos (ketarim), chamados Neshamá, Ruach e Nefesh, que correspondem a Éden, rio e jardim: Éden sendo a luz de Biná, chamada Neshamá; o jardim sendo a luz da Malchut de Atzilut, chamada Nefesh; e o próprio homem tornando-se o segredo do rio que irriga o jardim, ou seja, a luz de Ruach — do mesmo modo também Rabi Shimon explicou o versículo “E tomou YHVH Elohim o homem e o colocou no Gan Éden”. Pois antes disso, o homem estava nos mundos de Beriá, Yetzirá e Assiá da separação, e seu corpo era formado a partir dos quatro elementos da separação. No momento da grandeza, o Santo, bendito seja Ele, o separou dos quatro elementos da separação e o elevou ao Gan Éden de Atzilut, tornando-se ele o aspecto do rio de Atzilut, que recebe de Éden e irriga o jardim.



"Assim como o Santo, bendito seja Ele, faz com o homem que foi criado dos quatro fundamentos, no tempo em que retorna em arrependimento (teshuvá) e se ocupa com a Torá — semelhantemente ao que foi dito sobre Adão, o primeiro homem, em sua grandeza, que foi elevado de Biyá de separação ao Gan Éden de Atzilut — assim também faz o Santo, bendito seja Ele, com o homem que retorna em arrependimento e se ocupa com a Torá: o Santo, bendito seja Ele, o toma de lá (de Biyá de separação), e sobre os quatro fundamentos de separação foi dito 'e de lá se separará', ou seja, separa sua alma dos desejos deles (os quatro fundamentos), e o coloca em Seu jardim, que é a Shechiná, isto é, a Malchut.


Para servi-La com os mandamentos positivos e guardá-La com os mandamentos negativos — ou seja, o versículo 'para cultivá-lo e guardá-lo' dito sobre o Gan Éden, significa: ocupar-se com os mandamentos positivos e com os mandamentos negativos (não fazer)."

"Se merecer guardar a Shechiná, ele será cabeça sobre os quatro fundamentos (elementos) de seu corpo, e tornar-se-á um rio pelo qual serão irrigados — e não por meio de outro (isto é, da Sitra Achra). E reconhecerão nele que ele é o senhor e dominante sobre eles.


Explicação: Pois estando ele no Gan Éden e cumprindo os mandamentos de ‘guardar o jardim’, que é a Shechiná, então os quatro fundamentos (elementos) de seu corpo estão incluídos dentro do jardim, pois o jardim é o aspecto da nefesh (alma vital) dele, como foi dito no trecho anterior. E o corpo e a nefesh estão sempre incluídos um no outro. E já que o próprio homem está ali no segredo do rio, recebendo o influxo (shefa) do Éden e regando o jardim, como dito antes — então ele está regando os quatro fundamentos de seu corpo. E assim ele domina sobre eles, ou seja, que não desejarão nenhum desejo próprio, e em tudo o que fizerem, irradiarão contentamento ao seu Criador."



"E se ele transgredir a Torá, os quatro fundamentos (elementos) de seu corpo serão irrigados com a amargura da Árvore do Mal, que é o Yêtzêr Hará (mau instinto). E todos os seus membros, que são dos quatro fundamentos, foi dito sobre eles: ‘e amarguraram suas vidas’ — amarguraram com a amargura da bílis. E todos os seus membros, que são dos quatro fundamentos, sobre eles foi dito: ‘e amarguraram suas vidas’, ou seja, amarguraram com a amargura da mará (bílis).

Explicação: pois há três nocivos nas klipot correspondentes a Nêfêsh-Rûaḥ-Nêshamá (נר"ן) da pessoa — chamados fígado, baço e bílis. O fígado corresponde à Nêfêsh, o baço ao Rûaḥ e a bílis à Nêshamá. E esse é o segredo do que disseram os Sábios (Avodá Zará 20a): 'a gota da bílis depende da espada do Anjo da Morte', etc.

E por isso aqui se enfatiza: ‘e amarguraram suas vidas’, ou seja, com a amargura da bílis, que é o maior dos nocivos, correspondente à Nêshamá. (Veja também Tikunei HaZohar Tikun 21, p. 121b.)

E quanto aos membros sagrados do corpo, que são do lado do bem, foi dito sobre eles: ‘e chegaram a Mará… e não podiam beber das águas de Mará’, etc.

Assim disseram os Mestres da Mishná: ‘e amarguraram suas vidas’ — com trabalho pesado: isso corresponde às questões difíceis; com argamassa (ḥômer) — isto é, com argumentos por qal va-ḥômer (a fortiori); com tijolos — isto é, esclarecimentos legais (b’rurei halakhá); com todo o trabalho no campo — isto é, com as Baraitot; todo seu trabalho — isto é, a Mishná.


Pois com seus pecados causaram que a Sitra Achra se apegasse a todas as partes de sua Torá. E isso é o que disseram os Sábios: 'Se a pessoa não for merecedora, a Torá torna-se para ela um veneno mortal' (Yomá 72b)."



"Se retornarem com arrependimento (teshuvá), foi dito sobre eles: ‘E o Eterno lhe mostrou uma árvore’ — e esta é a Árvore da Vida — ‘e nela as águas se tornaram doces’. Pois então é removida a amargura e o veneno mortal da Torá, e se revela a doçura que há nela, que é o elixir da vida.

E esta é a alma de Moshê-Mashíach, sobre quem foi dito: ‘o cajado de Deus está na minha mão’ — esta árvore da vida é Moshê-Mashíach, isto é, a alma de Moshê que se revelará com a vinda do Mashíach. E foi dito sobre ele, antes da vinda do Mashíach: ‘o cajado de Deus está na minha mão’ — este cajado é Metatron, que tem dois lados: o lado da vida e o lado da morte. Quando se transforma em cajado, ele é um auxílio pelo lado do bem. Quando se transforma em serpente, ele é contra Moshê, e imediatamente: ‘E Moshê fugiu de diante dela’.


O ‘cajado de Deus’ é o segredo de Metatron, do qual vem tanto vida quanto morte — pois ele se transforma de serpente em cajado, e de cajado em serpente. Quando se transforma em cajado, ele ajuda Moshê pelo lado do bem e emana vida. Quando se transforma em serpente, então está contra Moshê — pois então é do lado da morte — e imediatamente ‘Moshê fugiu de diante dela’."



"E o Santo, bendito seja Ele, entregou (o cajado) nas mãos de Moshê — ou seja, o Santo, bendito seja Ele, entregou Metatron nas mãos de Moshê, para que usasse com ele no segredo do cajado de Elohim. Pois quando está nas mãos de Moshê, é cajado, e não se transforma em serpente, a não ser quando não está nas mãos de Moshê.


E ele (Metatron) é a Torá Oral, na qual há proibição e permissão — ou seja, lado do bem e lado do mal — como Metatron, que é o segredo da Torá do mundo de Beriá. Mas no mundo de Atzilut, 'o mal não habita contigo', e toda a Torá ali é apenas os Nomes do Santo, bendito seja Ele, como é conhecido."

OS GRAUS DOS MUNDOS Zohar Bo desde 36 -

 29 de julho, 2025 Encontrei um tesouro dentro da parede de barro e era um caderno com mapas de tesouro com desenhos e pontos de lugares ond...