sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A VELA DO CRIADOR

6, dezembro, 2021 - 2, Tevet

Eu sonhei que eu era a chama de duas velas literalmente. Eu sentia a cera na qual estava conectada.
Eu dançava para lá e para cá tal como as chamas dançam.
Não havia nada em mim nem boca nem olhos nem mãos, eu não era uma forma humana, apenas a forma da chama das velas, e a sensação é de que eu dançava por inteira, era uma necessidade como se eu precisasse inevitavelmente do Criador, e esse era todo o objetivo daquela existência tanto quanto a própria existência do Divino me fazia dançar.
Não havia cansaço, apenas o sentimento ou sensação similar a "uma folha que balança porque há vento e ela se curva à ele e lhe é de bom grado curvar-se, ainda que lhe seja angustiante o toque sobre a sua leveza", a sensação disso é a própria chama.




"Ner Adonai Nishmat Adam..." Mishlei 20:27
A vela de Adonai é a Neshamah do homem..."

A palavra lehavah (להבה) que é chama é igual a 42 referente ao Ana B'Choach. Dessa palavra pode ser forjado o conceito do Hitlahavut (התלהבות) que significa uma intensa paixão pelo Criador.
A sua tradução é "entusiasmo", do grego, a partir da junção das duas partículas in e theos que é "Deus dentro". A chama da vela se estende sempre para cima, isso é o forte desejo do coração para alcançar a sua fonte, isso também é a Ohr Hazer - a luz que retorna vestindo as Sefirot, e recai para os lados, isso é a Ohr Maquif ou Ohr Yashar que é o fluxo de cima.
Os escritos do Rabino Chayim Vital nos falam sobre as raízes das Almas e de como os mundos são percebidos através da analogia de uma vela.

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